Fez no passado dia 1 de Maio de 2013, cento e dezasseis anos que saiu para a rua o primeiro exemplar da revista “ O RioMoinhense”.
A revista que teve o seu primeiro número no ano de 1897, tinha como director o senhor Francisco Egídio Salgueiro que classificava “O RioMoinhense” como sendo uma revista de cariz científico, literário, noticioso, crítico e biográfico e veio preencher um espaço de grande importância, pois naquela altura os meios de informação eram escassos.
Mas em pleno século XXI, os vinte e quatro números já publicados são muito importantes para percebermos como viviam os nossos antepassados e quais eram as preocupações e desejos para a sua freguesia, como alguém disse uma vez “ quem não valoriza a sua história arrisca-se a cometer os mesmos erros”.
Esta publicação tinha sede em Abrantes, mas as suas notícias eram como se a sua sede fosse em Rio de Moinhos. Os pedidos de assinatura e de anúncios eram feitos na farmácia Pires em Rio de Moinhos e na Livraria de António Augusto Salgueiro em Abrantes. Uma assinatura para os habitantes de Rio de Moinhos custava na altura 250 reis, mas para habitantes de outros locais custava 300 reis. Na sua primeira edição, “O RioMoinhense” escreve que em finais do séc.XVII, Rio de Moinhos era um lugarejo com cerca de cem fogos dispersos ribeira acima até ao Braçal, “ ….pode assim sem receio rivalizar com a Sintra imortalizada por Byron . ”
Podemos ler também que a Junta da Paróquia manifestava o desejo de ver alguns melhoramentos na freguesia “ quase dois anos depois de orçado e aprovado o calcetamento do largo em frente à Igreja, não voltou a falar-se no assunto.” (O RioMoinhense nº1).
Sugeria-se ainda ao Município para solicitar ao governo a construção da estrada até à Pucariça ou Aldeia de Mato, e pedia-se a colocação de candeeiros para a Pucariça e Caldelas e também o arranjo da fonte. Nos números que se seguiram foram feitas várias biografias de personalidades importantes da época, saíram notícias sobre a vida do concelho e localidades vizinhas como Montalvo. Mas dos vários artigos publicados destaca-se o tema da educação, pois havia um défice de escolas na região. Abrantes tinha apenas uma escola de ensino elementar e um professor para uma população de sete mil habitantes. Segundo o “RioMoinhense” também a Junta da Paróquia de Rio de Moinhos se pronunciou favorável quanto a instalação de uma escola em Amoreira; semanas depois a pedido de Avelar Machado, foi aprovada a criação de uma escola de ensino elementar em Amoreira, mas constando que a Câmara decidiu “... não tomar a seu cargo o fornecer da casa e da mobília escolar.”
Assim, através do” RioMoinhense” de 1897 podemos hoje, saber um pouco mais da vida dos nossos antepassados, na altura. Para quem quer saber mais, aconselho a leitura da revista Zahara de Novembro de 2011, disponível na biblioteca Municipal de Abrantes.
Para finalizar gostaria de realçar o nome do Sr. Rui André e a importância que têm tido as publicações escritas sobre a nossa freguesia, quer em papel quer em formato digital, bem como as fotos que tem tirado nos principais eventos, para que no futuro também as próximas gerações percebam como se vivia no início do séc. XXI.
A revista que teve o seu primeiro número no ano de 1897, tinha como director o senhor Francisco Egídio Salgueiro que classificava “O RioMoinhense” como sendo uma revista de cariz científico, literário, noticioso, crítico e biográfico e veio preencher um espaço de grande importância, pois naquela altura os meios de informação eram escassos.
Mas em pleno século XXI, os vinte e quatro números já publicados são muito importantes para percebermos como viviam os nossos antepassados e quais eram as preocupações e desejos para a sua freguesia, como alguém disse uma vez “ quem não valoriza a sua história arrisca-se a cometer os mesmos erros”.
Esta publicação tinha sede em Abrantes, mas as suas notícias eram como se a sua sede fosse em Rio de Moinhos. Os pedidos de assinatura e de anúncios eram feitos na farmácia Pires em Rio de Moinhos e na Livraria de António Augusto Salgueiro em Abrantes. Uma assinatura para os habitantes de Rio de Moinhos custava na altura 250 reis, mas para habitantes de outros locais custava 300 reis. Na sua primeira edição, “O RioMoinhense” escreve que em finais do séc.XVII, Rio de Moinhos era um lugarejo com cerca de cem fogos dispersos ribeira acima até ao Braçal, “ ….pode assim sem receio rivalizar com a Sintra imortalizada por Byron . ”
Podemos ler também que a Junta da Paróquia manifestava o desejo de ver alguns melhoramentos na freguesia “ quase dois anos depois de orçado e aprovado o calcetamento do largo em frente à Igreja, não voltou a falar-se no assunto.” (O RioMoinhense nº1).
Sugeria-se ainda ao Município para solicitar ao governo a construção da estrada até à Pucariça ou Aldeia de Mato, e pedia-se a colocação de candeeiros para a Pucariça e Caldelas e também o arranjo da fonte. Nos números que se seguiram foram feitas várias biografias de personalidades importantes da época, saíram notícias sobre a vida do concelho e localidades vizinhas como Montalvo. Mas dos vários artigos publicados destaca-se o tema da educação, pois havia um défice de escolas na região. Abrantes tinha apenas uma escola de ensino elementar e um professor para uma população de sete mil habitantes. Segundo o “RioMoinhense” também a Junta da Paróquia de Rio de Moinhos se pronunciou favorável quanto a instalação de uma escola em Amoreira; semanas depois a pedido de Avelar Machado, foi aprovada a criação de uma escola de ensino elementar em Amoreira, mas constando que a Câmara decidiu “... não tomar a seu cargo o fornecer da casa e da mobília escolar.”
Assim, através do” RioMoinhense” de 1897 podemos hoje, saber um pouco mais da vida dos nossos antepassados, na altura. Para quem quer saber mais, aconselho a leitura da revista Zahara de Novembro de 2011, disponível na biblioteca Municipal de Abrantes.
Para finalizar gostaria de realçar o nome do Sr. Rui André e a importância que têm tido as publicações escritas sobre a nossa freguesia, quer em papel quer em formato digital, bem como as fotos que tem tirado nos principais eventos, para que no futuro também as próximas gerações percebam como se vivia no início do séc. XXI.